O dia em que quase perdi o polegar
Era uma criança que desde cedo fui acostumado a ajudar meus pais nos afazeres da casa. Havia hora para trabalhar, estudar e brincar.
Nunca fui obrigado a fazer trabalhos pesados, mas sempre tive vontade de ter minhas pequena plantação, queria aprender a cultivar a terra e diante de meu pedido papai deixou uma pequena área para eu plantar. Ah como era gratificante depois de algum tempo ver germinar as sementes, crescer o feijão, o arroz, as ramas de batata, mandioca, as hortaliças.
Papai plantava de tudo para o nosso sustento e sobrava até para vender. Havia um plantio de mandioca que dava para fazer farinha e polvilho. Para facilitar o beneficiamento ele construiu uma engenhoca para ralar a mandioca exigindo-se pouca força devido as rodas e engrenagens da máquina. Até uma criança como eu, de sete, oito anos conseguia mover a manivela do ralador manual.
Certo dia, enquanto meus pais cuidavam de outros afazeres pedi para adiantar o serviço indo ralar mandioca. Não precisava de muita força para mover a roldana, o trabalho ia bem. Com a mão direita movimentava a manivela e com a esquerda empurrava a mandioca que produzia uma massa alva e espessa. A bacia aos poucos enchia daquela massa, tudo estava indo tranqüilo e sem cansaço.
De repente, o branco tornou-se rubro, mal pude perceber o que havia acontecido.
Como de repente aquela massa alva manchava-se de vermelho forte?
Foi tudo tão rápido que só depois de um tempo pude perceber o que havia acontecido.
Segurava firmemente a mandioca com minha mão esquerda quando de repente acabou se a raiz e foi o meu dedo sem que eu percebesse.
Os dentes do cilindro cravaram em meu dedo polegar deixando ranhuras profundas e quase o deslocando.
Deixei o local e segurando meu dedo com a mão direita e sai correndo gritando por meu pai.
- Pai, paieeeeeeee!
- O que foi filho?
Correu comigo para dentro de casa colocando logo um punhado de sal grosso com água lavando bem o ferimento que continuava sangrar.
Tratou de colocar um pano em volta amarrando-o e pegando-me ao colo acalentando-me na tentativa de acalmar-me.
Os dias se sucederam e o machucado estava com mau aspecto e ainda doendo muito.
Falei com meu pai que o meu dedo polegar estava com mau cheiro, e que o ferimento estava piorando.
Foi ai que ele resolveu levar-me ao Porto dos Mendes onde tio Cristiano possuía uma pequena farmácia, a única da região.
Chegando lá tio Cristiano tirou aquele pano que servia de curativo e fez uma assepsia terminando com um bom curativo com gazes e esparadrapo. Receitou-me alguns remédios e orientou papai como cuidar e fazer novos curativos.
Já se passou quase 50 anos e no meu dedo as marcas deste episódio do dia que quase perdi meu polegar.
Era uma criança que desde cedo fui acostumado a ajudar meus pais nos afazeres da casa. Havia hora para trabalhar, estudar e brincar.
Nunca fui obrigado a fazer trabalhos pesados, mas sempre tive vontade de ter minhas pequena plantação, queria aprender a cultivar a terra e diante de meu pedido papai deixou uma pequena área para eu plantar. Ah como era gratificante depois de algum tempo ver germinar as sementes, crescer o feijão, o arroz, as ramas de batata, mandioca, as hortaliças.
Papai plantava de tudo para o nosso sustento e sobrava até para vender. Havia um plantio de mandioca que dava para fazer farinha e polvilho. Para facilitar o beneficiamento ele construiu uma engenhoca para ralar a mandioca exigindo-se pouca força devido as rodas e engrenagens da máquina. Até uma criança como eu, de sete, oito anos conseguia mover a manivela do ralador manual.
Certo dia, enquanto meus pais cuidavam de outros afazeres pedi para adiantar o serviço indo ralar mandioca. Não precisava de muita força para mover a roldana, o trabalho ia bem. Com a mão direita movimentava a manivela e com a esquerda empurrava a mandioca que produzia uma massa alva e espessa. A bacia aos poucos enchia daquela massa, tudo estava indo tranqüilo e sem cansaço.
De repente, o branco tornou-se rubro, mal pude perceber o que havia acontecido.
Como de repente aquela massa alva manchava-se de vermelho forte?
Foi tudo tão rápido que só depois de um tempo pude perceber o que havia acontecido.
Segurava firmemente a mandioca com minha mão esquerda quando de repente acabou se a raiz e foi o meu dedo sem que eu percebesse.
Os dentes do cilindro cravaram em meu dedo polegar deixando ranhuras profundas e quase o deslocando.
Deixei o local e segurando meu dedo com a mão direita e sai correndo gritando por meu pai.
- Pai, paieeeeeeee!
- O que foi filho?
Correu comigo para dentro de casa colocando logo um punhado de sal grosso com água lavando bem o ferimento que continuava sangrar.
Tratou de colocar um pano em volta amarrando-o e pegando-me ao colo acalentando-me na tentativa de acalmar-me.
Os dias se sucederam e o machucado estava com mau aspecto e ainda doendo muito.
Falei com meu pai que o meu dedo polegar estava com mau cheiro, e que o ferimento estava piorando.
Foi ai que ele resolveu levar-me ao Porto dos Mendes onde tio Cristiano possuía uma pequena farmácia, a única da região.
Chegando lá tio Cristiano tirou aquele pano que servia de curativo e fez uma assepsia terminando com um bom curativo com gazes e esparadrapo. Receitou-me alguns remédios e orientou papai como cuidar e fazer novos curativos.
Já se passou quase 50 anos e no meu dedo as marcas deste episódio do dia que quase perdi meu polegar.
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